Visão de governo de um administrador

     Já falei aqui no blog (antes da mudança que ainda não terminou de ser feita…) que gostaria de ver o Brasil gerido profissionalmente. Pra quem não entende o que eu quero dizer com isso, eu tenho um “procurador” que, acredito, fala por mais de 90% dos administradores brasileiros ao detalhar o que isso significa. Em seu blog, Stephen Kanitz discorre sobre o que eu acredito ser o principal motivo do Brasil não ir pra frente: a falta de uma gestão profissional no governo. Aliás, minto! O principal motivo é a população brasileira (e não me refiro apenas a povão) não ter noção disso.

     Talvez se o povo tivesse conhecimento do quanto um bom modelo de gestão afeta os resultados, as coisas seriam diferentes, mas ainda assim esbarrariam no segundo motivo mais forte: a passividade do brasileiro, mas esta talvez mudasse um pouquinho que fosse se essas idéias ganhassem a visibilidade que merecem. A idéia errada que muitos brasileiros têm de que administrador estuda e trabalha apenas pra fazer empresas darem lucro ajuda na manutenção desse erro.

     Administradores estudam e trabalham para fazer com que organizações (empresas, governos, ONGs, e quaisquer grupos de pessoas que se reúnem pra buscar um ou mais objetivos comuns) obtenham o máximo resultado em termos de atingimento de seus objetivos utilizando os recursos disponíveis e/ou buscando mais (se necessário) ao menor custo possível!

     Isso vale quer o objetivo seja o lucro (o normal das empresas, embora frequentemente a sobrevivência da empresa no longo prazo seja priorizada em detrimento de lucro no curto prazo), o bem estar da sociedade (objetivo da maioria dos governos, que deveria ser de todos), a conscientização da sociedade em relação a uma causa (social, ambiental, ideológica, etc.), ou qualquer outro que um grupo de pessoas de qualquer tamanho possa ter.

     Notem que não é necessário que o administrador seja a figura central do grupo, quem comanda e toma as decisões, para que a gestão seja profissional. Administrador não é a mesma coisa que gestor! Eles são profissionais de gestão, no sentido de que desenvolvem e aplicam métodos e técnicas que permitam o aprimoramento constante da gestão da organização, assessoram gestores e desenvolvem estudos que subsidiem a tomada de decisão para com isso obter a maximização dos resultados desejados.

     Isso não implica necessariamente na liderança de um administrador, apesar dos bons cursos de administração darem a seus alunos muito potencial e incentivo para que invistam na formação de um perfil gerencial, nem todos querem ou conseguem desenvolver as características de perfil desejadas para se tornarem gestores. Quando gestores, talvez a característica mais marcante dos administradores seja não permitir que problemas se acumulem. Veja aquiaqui os porquês.

     Como podem ver, administradores são muito mais do que “arautos do capitalismo”, e a gestão profissional, apesar de passar pela presença e atividade contínua de administradores, não implica necessariamente na liderança de um administrador. Infelizmente, estamos no Brasil, onde nem as empresas são geridas profissionalmente (ok, ok… algumas são), quanto tempo levará para o governo ser? Espero que menos do que eu imagino…

     Eu sei que estou sendo repetitivo, mas leia o artigo do Kanitz. Todo este texto foi feito para dar o apoio necessário ao dele. Se você já não tiver uma visão parecida, com certeza alguma coisa vai mudar na sua visão da realidade.

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De mudança

     Lembram que eu disse, uma vez, que estava pensando em mudar de ferramenta de blogging? Pois é… parece que a Microsoft resolveu substituir seu “spaces” por uma ferramenta mais profissional, e por conveniência, eu resolvi aceitar a sugestão. O WordPress parece mesmo MUITO melhor, mas vai levar um tempo pra eu aprender a usar isso aqui a ponto de deixar o  blog como eu gostaria e consertar todos os links, que não vão levar aonde deveriam no momento atual.

     Não esperem grandes mudanças. Exceto que estou devendo uns 3 ou 4 posts há um tempo, e pretendo “pagar” esta dívida. Se tiverem coisas a dizer, comentem!

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Aos profissionais do Direito

     Entre 1998 e 2004 namorei uma inicialmente estudante, posteriormente profissional da área de direito. Nesse período acompanhei toda a evolução da mentalidade dela desde que entrou pra faculdade até depois que ela se formou, incluindo seus estágios e sua prática forense na defensoria pública do estado do RJ, até ela ir trabalhar num tribunal. Obviamente também conheci muitos amigos e amigas de faculdade dela que seguiram caminhos dos mais diversos. Alguns foram ser servidores públicos como ela (aliás, se hoje sou um, com certeza boa parte do motivo é sua influência), outros foram advogar em empresas, outros em escritórios, em áreas diversas do direito, alguns continuaram os estudos e alguns até abandonaram a área. Quando finalmente fui estudar administração, fui obrigado a estudar direito em algumas disciplinas, e graças a bons professores (e à minha base e meu grande interesse por psicologia e filosofia), pude entender um bocado de como a mente dessas pessoas parece funcionar.

     É verdade que esta pequena amostra não me dá autoridade para falar como se realmente entedesse da mente de advogados, procuradores, burocratas (no bom sentido… ou talvez não), promotores e juízes, mas estou certo de que aqui no Brasil essas pessoas têm uma fama forte de serem pilantras e interesseiras. Com certeza isso é verdade para uma parte do grupo, mas a visão que eu tenho do direito é de que ele se aproxima de filosofia muito mais do que de qualquer outra área do conhecimento. E – além do lado “pilantra” de alguns (pequena minoria, ou assim espero) – essas pessoas me parecem – mesmo que só em modelo de raciocínio – idealistas. O problema é que, apesar deles tentarem construir um mundo mais próximo dos ideais em que acreditam, o que pode ser muito bom, nem sempre é o caso.

     Na verdade, por estudarem muito leis, doutrinas e princípios legais, me parece que seu modelo de raciocínio vislumbra muito mais o ideal do que o real, e mesmo que muitas vezes possuam intenções maravilhosas, podem ser geradores de efeitos desastrosos para a sociedade. Pois é inconcebível pra mim alguém entender a realidade e se apegar a ideais que nunca serão efetivamente concretizados, simplesmente porque eles não se encaixam na realidade! Não que lhes falte senso prático ou realismo, mas no exercício de suas profissões o que eles acham que é ou deveria ser justo parece ter sempre um peso muito maior do que as conseqüências reais daquilo que fazem em suas tomadas de decisão. Como se faltasse capacidade ou vontade de ver o panorama global e o impacto dos resultados de seus trabalhos sobre este – de entender a realidade. Vejo isso como uma fraqueza que pode ser vencida, pois o fato de a justiça precisar ser cega não justifica que nossos especialistas em justiça fechem os olhos para a realidade.

     Provavelmente os profissionais de direito que me leram até aqui estão todos querendo me processar, e já devem estar se preparando pra isso, e a raiva não deve ter deixado eles extraírem muita coisa boa do que eu escrevi. Por isso, calo-me aqui, e deixo uma mensagem de outra pessoas para eles. O vídeo abaixo fala um pouco sobre como o sistema legal dos Estados Unidos da América (vulgarmente traduzido como “América” nas legendas em Português brasileiro) trouxeram impactos altamente negativos àquela sociedade, e sobre como esta perdeu a confiança na lei e se tornou “juridicamente paranóica”. Philip Howard abre os olhos do espectador para as conseqüências – o custo – disso para a sociedade. No entanto, ele faz propostas que podem trazer grandes melhoras ao mundo jurídico, e tenho certeza de que isso não vale apenas para os EUA, afinal, o brasileiro está cada vez mais envolvido em ações judiciais, e parece que essa tendência é bem sólida.

     O que eu vi no vídeo me deu a impressão de que o sistema legal brasileiro é melhor do que o americano (pelo menos mais próximo do modelo proposto por ele que eu também considero melhor), exceto por o sistema processual brasileiro ser o (mau) exemplo de eficiência que conhecemos, e isso se deve em boa parte ao que eu expus ao longo do texto. Se você chegou até aqui e não tem vontade de me matar (ou mesmo se tem), assista ao vídeo! Tenho certeza de que – mesmo com as muitas diferenças entre os dois sistemas jurídicos – pode te acrescentar muito, e melhorar muito seu desempenho em sua profissão e o impacto dele na sociedade.

 

     Paz a todos!

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Entendendo a Realidade – Parte I

     Há muito tempo eu fiz uma proposta muito pretensiosa neste blog: explicar a realidade. Em posts que seguiram àquele, eu tentei explicar um pouco do que eu entendo sobre a realidade, mas não tive a ilusão de ter conseguido. No entanto, tenho a esperança de ter acendido uma luzinha que os levou ao desejo de tentar entender mais sobre como este mundo funciona. Acho que não é segredo pra ninguém que entender a realidade não seja uma tarefa simples, e como tal, não há uma fórmula a ser seguida que leve ninguém a entendê-la. Ao mesmo tempo, não é uma tarefa impossível, desde que você tenha em mente que há limites do quanto se entende, e procure um limite que você consiga alcançar. Mas por que é assim?
 
     O motivo é um só: a realidade é complexa. Ela é formada pela interação de diversos fatores, e quando esses fatores interagem, geram um resultado bem diferente da simples soma deles. Nós administradores chamamos esse fenômeno de Sinergia. Vou dar um exemplo financeiro: Se você resolve colocar seu dinheiro na poupança, mesmo sabendo que há investimentos que pagam mais, é porque você espera que seu dinheiro vá estar ali disponível pra você sacar quando precisar, e que – mesmo pouco – ele vai ser maior do que o dinheiro que você depositou, desde que você não saque antes de 30 dias. Mas o que acontece se o banco falir? Simples! Seu dinheiro não vai mais estar onde você esperava que estivesse.
 
     No caso específico da falência de um banco, existe um seguro legal que é um valor teto que você recebe (acho que são R$ 20.000,00). Ou seja, se você tinha 50.000 na poupança, perdeu 30.000. Se você, por outro lado, tivesse investido os 50.000 em ações, e tivesse – num momento de crise – perdido R$ 15.000,00, sairia no lucro em relação à situação anterior. Por quê? Porque a realidade não segue leis pré-estabelecidas, ela simplesmente acontece como fruto de enormes cadeias de causas e efeitos! E nós não temos conhecimento da maioria delas, muito menos poder de interferir.
 
     Vou tentar outro exemplo. Quando você está dirigindo, e o sinal está verde pra você em um cruzamento, o que é o normal a se fazer? Talvez a maioria diga: atravessar direto. Os motoristas mais experientes, no entanto, tenderiam a reduzir a velocidade e confirmar se podem passar. Porque sabem que pode vir um carro desgovernado do outro lado, ou um motorista desatento, ou alguém transportando um parente em estado grave pra um hospital, num estado de nervos terrível, sem prestar muita atenção ao trânsito e capaz de provocar um acidente fatal. Ou simplesmente pode vir um motorista dirigindo bêbado e provocar um acidente.
 
     Nesse tipo de situação, é muito comum (especialmente no Brasil) os motoristas dizerem “Mas era ele que estava errado!”. Tudo bem, que seja, mas numa situação dessas, após o acidente acontecer, alguém se machucar (ou até mesmo morrer), seu carro ser danificado ou mesmo destruído, você perder compromissos ou pelo menos momentos de tranqüilidade, que diferença faz quem está certo ou errado? Não teria sido melhor evitar? Como um colega meu gosta de falar: “O que para carro é freio, não é sinal não!” [sic] Por mais que esperemos que todos respeitem as leis de trânsito (acho que aqui no Brasil nós não esperamos tanto assim, esperamos?), não temos como saber o que se passa na cabeça das pessoas, porque como todos sabemos intuitivamente (mas nem todos dão atenção a isso), a realidade de cada um é complexa!
 
     Quando tentamos entender o mundo dos homens, a coisa complica mais ainda, porque cada pessoa em si possui uma bagagem enorme de conhecimentos, experiências passadas, valores, circunstâncias momentâneas, emoções… e todos esses fatores guiam o comportamento de cada indivíduo. Quando dois ou mais indivíduos, com toda a sua complexidade, interagem, o produto é uma coisa de detalhes imcompreensíveis, mas o resultado pode ser observado. Ninguém sabe exatamente os porquês de cada ação ou decisão de cada pessoa, mas sabem as ações e os resultados.
 
     Reconheço que os exemplos não foram muito bons, mas a idéia central é que entender a realidade significa compreender a complexidade que envolve o mundo, entender que cada evento é fruto de uma série enorme de fatores, e que esses fatores podem ter pouco siginificado, valor ou poder individualmente, mas a interação deles pode gerar resultados enormes e muitas vezes incompreensíveis e sem sentido para o observador. O filme Efeito Borboleta ilustra bem isso, bem como o vídeo abaixo!
 
 
     Entender o porquê o governo usou o BNDES para financiar fusões de grandes empresas exige uma bagagem enorme de conhecimentos de estratégia empresarial e economia, e muito pensamento no futuro distante (ou não tão distante) do Brasil pra chegar à conclusão de que vale a pena sacrificar algum dinheiro público no presente para fortalecer grupos empresariais nacionais, tendo em vista o resultado futuro disso. Entender por que o aquecimento global está provocando reduções de temperatura em diversas localidades do mundo exige conhecimentos de diversas áreas trabalhando em conjunto. Entender também que o aquecimento global pode ter pouco ou nada a ver com a ação do homem, e os motivos de não haver conclusões definitivas das ciências naturais a respeito disso envolve diversas áreas do conhecimento.
 
     Se você pretende começar a entender a realidade, o primeiro passo é admitir pra si mesmo que não a entende, e procurar reunir conhecimentos de diversas áreas que você não possui, e tentar – a partir desses conhecimentos – estabelecer relações de causa e efeito entre os acontecimentos da realidade. Provavelmente você vai errar muito, assim como eu sei que muitos dos meus modelos da realidade podem estar errados, mas a predisposição a aprender com os próprios erros e a capacidade de admití-los são fundamentais pra quem pretende entender qualquer coisa, não só a realidade.
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Sobre Carisma e “Testas de Ferro”

     Há algum tempo, eu descobri na internet a "Comunidade Livre de Pasárgada", uma micronação parlamentarista sediada na internet. Achei muito interessante o modelo político deles (tanto que botei o link nos favoritos pra ler direito depois Smiley mostrando a língua), e o organograma também. Não vou publicar pra tentar incentivar os curiosos a olharem no site. Aliado a isso, recebi um e-mail muito interessante com fotos da rainha Elizabeth II, da Inglaterra, ao lado de muitos presidentes dos Estados Unidos, desde que ela era mocinha, até uma com um presidente recente… acho que foi o Bush. Isso tudo me botou pra pensar no governo Lula.
 
     Você deve ter soltado um sonoro "What the fuck?!" ou palavrão similar. Calma! Eu explico! Acho que é consenso do brasileiro, mesmo sem saber a verdade, que o Lula fez um governo de razoável a bom. Com certeza muitos discordam MUITO disso, mas mesmo estes hão de concordar que – a princípio – o Lula não teria NENHUMA condição de governar um país. O carisma dele foi um elemento crucial em suas eleições, tanto que o povo parece ter ignorado completamente os vários escândalos que ocorreram em seu primeiro mandato, e o re-elegeram, e ignoraram os escândalos (ou menos numerosos ou eu que estou por fora mesmo) do segundo mandato e muita coisa indica que a Dilma será eleita, mesmo não tendo 1/8 do carisma dele! O que isso tem a ver com o quê? Antes de concluir, permitam-me desenvolver mais um pouco.
 
     É comum você ver presidentes de corporações darem entrevistas à imprensa (mesmo que todas elas tenham assessorias de imprensa), participarem de eventos de lançamentos de novos produtos, e outras coisas que pensando racionalmente me parecem coisas absurdas pra um presidente de empresa fazer. Porra! Tem assessor pra quê? Tem RP pra quê? Tem RI pra quê? O presidente, que deveria ser o cara mais ocupado da empresa (e geralmente é), fica perdendo seu preciosíssimo tempo com firulas? Por que isso? Simples, porque os clientes, investidores, e outros stakeholders da empresa se sentem importantes com isso. O fato da pessoa mais importante da empresa dar a eles informações diretamente transmite credibilidade.
 
     Pensando nisso tudo, acho que finalmente entendi a lógica do parlamentarismo proposto no plebiscito de 1993, onde haveria um presidente da república (que posa) e um primeiro ministro (que manda de verdade). A princípio parece ridícula a existência de dois cargos de "Presidente" num país, quando em todas as empresas que se prezem há um presidente que é tanto altamente qualificado como gestor quanto como político. Não só isso, mas em outros parlamentarismos, o Primeiro Ministro é quem manda e quem posa. Hoje, especialmente na atual conjuntura eleitoral, eu acho o modelo relativamente adequado ao Brasil, pois separa o lado carismático do político!
 
     Com certeza muitos profissionais são mais qualificados pra exercerem a presidência de corporações do que os próprios presidentes, mas não são tão políticos, nem têm o carisma necessário, mesmo que esse não seja muito alto. Mas pra se eleger presidente da república, às vezes não importam as suas qualificações técnicas ou gerenciais (vide Lula), e sim seu carisma. Isso não ocorre quando TODOS os candidatos são antipáticos, como está acontecendo agora, mas talvez valesse a pena pensar nesse modelo. Ele pode fazer bem ao país, oferecendo primeiros ministros excelentes "testadeferreados" por pessoas carismáticas que atraiam votos. O Premier traria votos de quem tem conhecimento técnico e vota conscientemente, pensando no bem do país (HAHAHAHAHAHA!!!), enquanto o Testa de Ferro traria os votos do povão.
 
     *Isso me parece ser exatamente o que está acontecendo no governo Lula, onde, por mais que as decisões sejam dele, elas são embasadas no assessoramento de (em tese) profissionais altamente qualificados. O resultado é o crescimento econômico atual, a superação da crise "internacional" (ao contrário do que muitos leigos pensam, ambos tiveram nada a ver com políticas já praticadas no governo FHC), a soberania econômica trazida pelo fundo soberano (reservas de mais de US$ 200 bilhões) e a exposição positiva enorme que o Brasil tem no mundo, onde até um presidente norte americano chamou o presidente brasileiro de "o cara". E o sucesso nas missões internacionais revela o potencial diplomático enorme que nosso Presidente tem, potencial inclusive reconhecido pela ONU.
 
     Por outro lado, o sistema pode acabar de vez com o país se o Primeiro Ministro for incompetente. Com a vantagem de que nesse caso o presidente ou o parlamento podem trocá-lo antes mesmo de acabar o mandato, coisa impossível no presidencialismo. Complementando as desvantagens do sistema, o congresso teria mais poder do que já tem, o que aqui no Brasil seria péssimo! Imaginem o ACM (que o diabo o tenha) mandando mais do que mandava, ou o Sarney com ainda mais poder? Deus me livre! Para implementar um governo parlamentarista aqui no Brasil, seria necessário rever totalmente o modelo de parlamento. O bom do parlamentarismo é que geralmente o chefe do executivo pode propor a dissolução do parlamento, convocando plebiscito pra isso. Mais um ponto a favor!
 
     Enfim, o que vocês acham? Qual modelo de governo daria mais certo no Brasil?
 
*Mesmo que não pareça, meu objetivo não era fazer propaganda política do Lula. Espero nunca fazer um post sobre o governo dele, até porque isso tem assunto a dar com pau, mas se um dia fizer, eu aponto o que eu entendo como pontos fracos do governo. No entanto, não nego que – de maneira geral – gostei muito da gestão PT… mas acho que é hora de dar uma quebrada nela.
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